sábado, 26 de março de 2005

Quem disse que eu quero ser uma mulher bem sucessida na carreira? Quem inventou que pra ser feliz eu tenho de ser gerente de fábrica? Quem foi a filha da puta que inventou esta história de que para sermos felizes temos de nos matar trabalhando e ainda dar conta de casa, marido e filhos?

EU NÃO QUERO!!!!!!!!

Acho que sou uma ET no meio das mulheres, mas eu não tenho a menor ambição profissional de ser gerente de porra nenhuma! Quero ter tempo pra chegar em casa, cuidar dos filhos e do marido... Se possível, trabalhar só meio expediente!!! (pq, venhamos e convenhamos, pedir dinheiro pra marido pra comprar absorvente e o presente dele de aniversário tb é o Ó)
Nunca tive vontade de ser chefe de ninguém... e o que tem de errado nisto???? Além pode me explicar? Qual o problema de ser mandada por alguem no trabalho? Eu não quero preocupações de gerente na minha cabeça... Quero ter hora pra chegar em casa...
Quero uma vida simples... casa, marido, filhos e um trabalho pra passar o tempo... Não quero ser a fonte de renda da família, não quero trabalhar como a minha mãe trabalhou, não quero ser 100% independente!!!
Tem alguma coisa de errado nisto??? Será que isto é tão ruim assim???

Aqui embaixo tem o que eu achei ser a minha cara e exatamente como eu me sinto frente a esta situação... Não vejo nenhum lucro em ser uma mulher moderna... Só ganhamos úlceras, stress e MUITO mais coisas pra fazer... E tudo MUITO MUITO bem feito... Sem falhas...

...

DESABAFO DE UMA MULHER MODERNA

São 7h. O despertador canta de galo e eu não tenho forças nem para atirá-lo contra a parede. Estou tão cansada, não queria ter que trabalhar hoje. Quero ficar em casa, cozinhando, ouvindo música, cantarolando, até. Se tivesse filhos, gastaria a manhã brincando com eles, se tivesse cachorro, passeando pelas redondezas. Aquário? Olhando os peixinhos nadarem. Espaço? Fazendo alongamento. Leite condensado? Brigadeiro... Tudo menos sair da cama, engatar uma primeira e colocar o cérebro pra funcionar.
Gostaria de saber quem foi a mentecapta, a matriz das feministas que teve a infeliz idéia de reivindicar direitos à mulher e por quê ela fez isso conosco, que nascemos depois dela. Estava tudo tão bom no tempo das nossas avós, elas passavam o dia a bordar, trocar receitas com as amigas, ensinando-se mutuamente segredos de molhos e temperos, de remédios caseiros, lendo bons livros das bibliotecas dos maridos, decorando a casa, podando árvores, plantando flores, colhendo legumes das hortas, educando as crianças, freqüentando saraus, a vida era um grande curso de artesanato, medicina alternativa e culinária.
Aí vem uma fulaninha qualquer que não gostava de sutiã nem tão pouco de espartilho, e contamina várias outras rebeldes inconseqüentes com idéias mirabolantes sobre "vamos conquistar o nosso espaço" Que espaço, minha filha? Você já tinha a casa inteira, o bairro todo, o mundo ao seus pés. Detinha o domínio completo sobre os homens, eles dependiam de você para comer, vestir, e se exibir para os amigos, que raio de direitos requerer?
Agora eles estão aí, todos confusos, não sabem mais que papéis desempenhar na sociedade, fugindo de nós como o diabo foge da cruz. Essa brincadeira de vocês acabou é nos enchendo de deveres, isso sim. E nos lançando no calabouço da solteirice aguda.
Antigamente, os casamentos duravam para sempre, tripla jornada era coisa do Bernard do vôlei - e olhe lá, porque naquela época não existia Bernard do vôlei.
Por quê, me digam por quê, um sexo que tinha tudo do bom e do melhor, que só precisava ser frágil, foi se meter a competir com o macharedo? Olha o tamanho do bíceps deles, e olha o tamanho do nosso. Tava na cara que isso não ia dar certo.
Não agüento mais ser obrigada ao ritual diário de fazer escova, maquiar, passar hidratantes, escolher que roupa vestir, e que sapatos, acessórios usar, que perfume combina com meu humor, nem de ter que sair correndo, ficar engarrafada, correr risco de ser assaltada, morrer atropelada, passar o dia ereta na frente do computador, com o telefone no ouvido, resolvendo problemas.
Somos fiscalizadas e cobradas por nós mesmas a estar sempre em forma, sem estrias, depiladas, sorridentes, cheirosas, unhas feitas, sem falar no currículo impecável, recheado de mestrados, doutorados, e especificaões (uuuuufffffffaaaaa!!!!!!!)...
Viramos super mulheres, continuamos a ganhar menos do que eles. Não era muito melhor ter ficado fazendo tricô na cadeira de balanço?
Chega, eu quero alguém que pague as minhas contas, abra a porta para eu passar, puxe a cadeira para eu sentar, me mande flores com cartões cheios de poesia, faça serenatas na minha janela (ai, meu Deus, já são 7:30h, tenho que levantar!), e tem mais, que chegue do trabalho, sente no meu sofá, coloque os pés pra cima e diga "meu bem, me traz um café, por favor?" descobri que nasci para servir.
Vocês pensam que eu tô ironizando? Tô falando sério! Estou abdicando do meu posto de mulher moderna... Troco pelo de Amélia, na boa. Alguém se habilita?
(Autora Desconhecida)

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