quinta-feira, 9 de dezembro de 2004

Comecei ontem...

Primeiro dia de terapia... Afff... não sei qual parte é a mais incômoda... Falar o que eu sinto ou ter alguem prestando atenção nisto 100% do tempo...
Tentar me entender e entender todas as coisas que estão tão arraigadas no meu ser que nem eu mesma sei...
E pra minha alegria a pauta do dia foi... Papai... Já comecei bem... chorando e chorando... preciso de lembrar de levar o "roto-ruter" em todas as idas por lá... Semana que vem tem mais, depois volto em janeiro...

Janeiro vai ser um mês muito, muito phoda! Emprego novo, casa nova, terapia, definição de relacionamento... Se eu nao for parar no Pinel em janeiro, acho que não vou mais... Se não precisar tomar medicamentos de tarja preta pra depressão tb vai ser lucro! :)

ODEIO mudanças! Com todas as minhas forças! Não gosto nem de mudar posição de escova de dente no potinho da pia... O desconhecido me incomoda. ODEIO não saber o que vai acontecer, como as coisas vão ficar, até mesmo se vai ou não chover...
Ansiosa eu?! Que é isso! Imaginação sua! Até hoje não sei como tive coragem pra juntar as minhas tralhas e vir para o Rio...

Janeiro vai ser um marco na minha vida...

Vou ter de encarar morar realmente sozinha, chegar em casa e não ter ninguem realmente... nem sombra de uma outra pessoa que pode chegar a qualquer minuto pra gente conversar...
Vou ter de encarar ser o centro das atenções no trabalho...
Vou ter de aprender a me impor e expressar minhas opiniões e fazer com que elas sejam ouvidas e acatadas...
Vou ter de decidir se continuo ou não amando uma pessoa que pra mim é a mais importante que surgiu nestes meus 28 anos...
Vou ter de decidir se tento achar em outra pessoa toda a cumplicidade, tesão, amizade, carinho e amor que encontrei nesta pessoa especial...
Vou ter de encarar minha vida no Rio como carioca e não como alguem que está aqui de passagem, por um surto. Ter de assumir uma vida aqui e transformar a casa de Minas em passeio e não na "MINHA CASA"
Tenho de aceitar que a minha casa é aqui, que a minha vida vai ser construida aqui.
Devo à minha mãe o apoio e o suporte pra chegar onde cheguei, mas tenho de caminhar com as minhas próprias pernas...
Nunca vou deixar de dar suporte emocional à minha família, mas preciso de suportar a mim mesma... E, quando for a hora, apoiar a pessoa que me fará companhia nesta jornada! Para construirmos juntos uma familia aqui...

Aff... devaneios demais para uma quinta de manha no trabalho!

bjim

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