terça-feira, 11 de janeiro de 2005

Estava vendo uma discussão em uma lista do Orkut, que achei interessante... Quando Zeus deu a Prometeu a "Caixa de Pandora", nela ele havia colocados vários males para o mundo, certo? Então se a esperança estava la dentro, é porque ela é um mal e não a coisa boa que todos tendem a acreditar...
A cada dia que passa tenho que concordar mais com esta afirmação, pois enquanto temos esperança que uma coisa aconteça não nos deixamos seguir em frente, desviar do caminho desta coisa, mesmo que esta espera nos faça sofrer incomensuravelmente...
Nos prendemos à nossa vontade de que determinado fato ocorra e com isso, muitas vezes nos tornamos incapazes de ver o caminho que surge na lateral da estrada.
A esperança age como aqueles tampões que se colocam nos cavalos para que eles não olhem para os lados e não se desviem do caminho (ouvi o nome correto disto outro dia, mas já não me lembro). Ficamos tão obsecados por um determinado final para a história que nos demais caminhos tornam-se invisíveis ou tão horríveis e ameaçadores, por não termos idéia de onde iremos parar com aquilo, que muitas vezes deixamos passar os atalhos que nos levariam a caminhos e soluções melhores para as nossas vidas.

Será que eu estou tão contaminada pelos outros componentes da Caixa de Pandora, como a tristeza e o pessimismo, que passei a encarar a esperança como minha inimiga?
Ela já foi um componente forte nesta minha atual fase, mas cada dia perde mais as forças e eu passo a ver o caminho com outros olhos...
O caminho não é mais bonito do que o que eu via antes, mas acho que é mais real, e assim poderei encarar os fatos de frente e sofrer menos com a situação.
A media que as horas passam, mais distante fica a esperança de uma determinada coisa acontecer. Mais me aproximo do resultado oposto do que eu desejava antes. Dói horrores, vai doer por muito tempo, mas acho que esta visão atual é menos romântica e mais real, se avaliarmos os fatos de maneira fria...
Eu não sou tão importante ou insubstituível como eu me achava... Não faço nem um quinto da falta que eu achava que faria... C'est la vie...

Azeda? Não... Vendo o mundo real e não o mundo que eu queria que fosse...

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